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Varejo brasileiro tem alta de 0,6% em abril, mostra índice da Stone – Money Timesdelicia de dicas

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(Imagem: Canva)

As vendas do comércio brasileiro registraram um resultado positivo em abril, com alta mensal de 0,6%, de acordo com o Índice do Varejo Stone (IVS). Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o crescimento foi de 0,4%.

Sete dos oito setores analisados pelo estudo apresentaram resultados positivos no comparativo mensal. No recorte entre o comércio digital e físico, o comércio digital registrou uma alta de 5,3%, enquanto o físico cresceu 0,3% no período.

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Contudo, na comparação anual, o cenário se inverteu: o comércio digital teve retração de 4,8%, enquanto o físico permaneceu em alta, crescendo 1,3%.

O setor de Livros, Jornais, Revistas e Papelaria teve a maior alta mensal, de 7%. Em seguida, os setores de Material de Construção, Tecidos, Vestuários e Calçados e Móveis e Eletrodomésticos tiveram altas respectivas de 7,0%, 2,1%, 1,3% e 1,3%.

O único setor que registrou queda no comparativo mensal foi o de Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo, com retração de 2,2%.

No comparativo anual por segmentos, o destaque de melhor desempenho ficou com Combustíveis e Lubrificantes, que subiu 5,8%. O setor de Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo subiu 4,0% no ano, e Tecidos, Vestuário e Calçados subiu 3,3%.

No entanto, diversos setores registraram queda na base anual, incluindo Móveis e Eletrodomésticos (-3,2%), Artigos Farmacêuticos (-3%) e Material de Construção (-2,6%). O setor de Livros, Jornais, Revistas e Papelaria permaneceu estável, com variação de 0% no ano.

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O que diz os dados de varejo de abril?

Apesar da melhora em abril, o cenário geral ainda reflete uma desaceleração econômica. De acordo com Matheus Calvelli, pesquisador econômico e cientista de dados da Stone, a empresa vem observando sinais de enfraquecimento do mercado de trabalho, com aumento da taxa de desemprego e diminuição da geração de empregos formais.

“As famílias seguem pressionadas pelo alto nível de endividamento e por uma inflação ainda elevada”, afirmou.

Para Calvelli, é prematuro falar em reversão da tendência de desaceleração, sendo necessário acompanhar os próximos meses para entender o ritmo da economia.

O economista ressalta que mesmo as altas observadas em abril não foram suficientes para compensar as quedas do mês anterior, mostrando que o varejo “ainda opera em ritmo lento, sem sinal claro de recuperação sustentada”.

Regionalmente, 19 estados apresentaram crescimento no comparativo anual. Os maiores crescimentos anuais foram registrados no Acre (12,1%), Amapá (9,4%) e Sergipe (8,6%). Entre os estados com resultados negativos na comparação anual, o Distrito Federal apresentou a maior queda, de 4,7%, seguido por Mato Grosso do Sul (-4,4%) e Rondônia (-3,3%).

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