
Se você tem interesse em investir na Bolsa de Valores e já pesquisou sobre operações no Mercado Futuro, provavelmente se deparou com o termo “minicontratos”.
Eles se tornaram uma porta de entrada para muitas pessoas que buscam operar ativos como o dólar e o índice Bovespa com menor aporte inicial.
Embora sejam uma alternativa acessível, é fundamental entender bem seu funcionamento, características e riscos.
Por isso, neste artigo, vamos explicar o que são os minicontratos, como eles funcionam, quais os principais tipos, suas vantagens e o que considerar antes de escolher uma corretora para operar.
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Minicontratos são uma forma simplificada e acessível de investir na Bolsa de Valores, principalmente para quem quer operar no Mercado Futuro com menos dinheiro.
Eles funcionam como versões menores dos contratos cheios negociados na B3, permitindo que mais pessoas possam participar desse tipo de operação.
Para exemplificar, imagine que você quer operar na alta ou na queda do dólar, do índice Bovespa ou dos juros.
No Mercado Futuro, isso é feito por meio de contratos, onde duas partes se comprometem a comprar ou vender um ativo por um preço definido no futuro. Só que os contratos “cheios” exigem muito dinheiro, o que acaba afastando muitos traders.
Aí entram os minicontratos, que nada mais são do que contratos futuros em tamanho reduzido. Por exemplo:
Isso significa que você pode começar a operar com uma margem financeira bem menor. É como se fosse uma “porta de entrada” para o Mercado Futuro.
Além disso, os minicontratos são muito usados nas operações de Day Trade, porque têm alta liquidez e os custos operacionais (como corretagem) são mais baixos do que em outros ativos.
Mas é importante lembrar: apesar de serem “mini”, eles ainda envolvem riscos. Como você está alavancando o capital (ou seja, movimentando mais dinheiro do que tem), os lucros podem ser altos, mas as perdas também.
Hoje, os principais tipos de minicontratos negociados na B3 (Bolsa de Valores do Brasil) são:
Mini-índice (WIN)
Minidólar (WDO)
Mini DI Futuro
Outros minicontratos (menos comuns para pessoas físicas)
Para exemplificar melhor as diferenças entre os minicontratos de índice e de dólar, veja na tabela abaixo:
Característica | Mini-índice (WIN) | Minidólar (WDO) |
---|---|---|
Ativo de referência | Índice Bovespa (Ibovespa) | Dólar comercial |
Código de negociação | WIN + vencimento (ex: WINJ25) | WDO + vencimento (ex: WDOJ25) |
Valor por ponto | R$ 0,20 | Aproximadamente R$10 a cada 0,5 ponto |
Tamanho do contrato | 1/5 do contrato cheio de índice | 10 mil dólares |
Horário de negociação | Das 9h às 18h25 (pregão regular) | Das 9h às 18h (pregão regular) |
Liquidez | Muito alta | Muito alta |
Volatilidade | Alta, ligado ao mercado de ações | Alta, ligado a fatores internos e externos |
Indicado para | Quem acompanha o mercado de ações | Quem acompanha câmbio e cenário internacional |
Margem Day Trade | R$20 a R$100 (depende da corretora) | R$50 a R$150 (depende da corretora) |
Popularidade entre traders | Muito alta | Muito alta |
O valor de 1 minicontrato varia o tempo todo porque depende do preço do ativo de referência (como o dólar ou o índice Bovespa) e da quantidade de pontos ou dólares que o contrato representa.
No mini-índice, cada ponto vale R$ 0,20. Então, se o índice Bovespa (Ibovespa) estiver em 120.000 pontos, o valor do minicontrato será:
120.000 x R$ 0,20 = R$ 24.000
Ou seja, 1 minicontrato de mini-índice está valendo R$ 24 mil nesse exemplo. Mas você não precisa ter esse valor todo para operar, graças à margem de garantia, que explicaremos mais adiante.
Já no minidólar, cada contrato representa 10 mil dólares. Se o dólar estiver a R$ 5,00, o valor do minicontrato será:
10.000 x R$ 5,00 = R$ 50.000
Então 1 minicontrato de mini dólar vale R$ 50 mil. Mas, de novo, você não precisa ter tudo isso para operar.
Mas afinal, quanto você precisa para operar? Aqui entra o conceito de margem de garantia, que é o valor mínimo que você precisa deixar disponível na corretora para manter a operação aberta.
Esse valor varia de acordo com a corretora, o tipo de operação (Day Trade ou Swing Trade) e o seu perfil de risco.
Geralmente, nas operações de Day Trade, temos:
Isso porque no Day Trade você abre e fecha a posição no mesmo dia, então o risco é mais controlado.
Operar minicontratos tem várias vantagens, especialmente para quem está começando ou quer operar com mais flexibilidade.
A seguir, listamos as principais para você conhecer.
Acessibilidade
Você não precisa de muito dinheiro para começar. Com R$ 20 a R$ 150 por contrato, dependendo da corretora e do ativo, já é possível operar na Bolsa.
Alavancagem
Você movimenta valores grandes com pouco capital. Por exemplo, com R$ 100, pode operar contratos que valem R$ 20 mil ou mais. Isso aumenta o potencial de lucro, porém também aumenta o risco, então pense bastante antes de começar.
Alta liquidez
Tanto o mini-índice quanto o minidólar têm grande volume de negociações diárias. Ou seja, é fácil comprar e vender rápido, com pouca diferença entre o preço de compra e venda.
Custos menores
Corretoras costumam cobrar taxas bem menores em minicontratos comparado a ações ou contratos cheios. Além disso, a B3 dá isenção de taxa de custódia nesse tipo de ativo.
Ideal para Day Trade
Os minicontratos têm boa volatilidade, o que gera oportunidades de lucro no curto prazo. Por isso são muito usados por quem faz operações no mesmo dia.
Treinamento e aprendizado
Como exigem pouco dinheiro para começar, são uma boa forma de aprender sobre Análise Técnica, leitura de fluxo e controle emocional sem arriscar grandes valores.
Possibilidade de operar vendido
Você pode lucrar tanto na alta quanto na queda do mercado, pois é possível vender primeiro e comprar depois (venda a descoberto), o que aumenta as possibilidades de estratégia.
Escolher a melhor corretora para operar minicontratos é uma decisão fundamental para quem quer ter bons resultados no mercado.
Mais do que apenas olhar a taxa de corretagem, é importante avaliar um conjunto de fatores que influenciam diretamente sua experiência como trader.
O primeiro ponto a observar é a margem exigida para operar, principalmente se você pretende ser trader.
Corretoras diferentes podem exigir valores muito distintos para permitir a entrada em uma operação. Algumas pedem apenas R$20 por contrato de mini-índice, enquanto outras podem exigir mais de R$100, o que impacta diretamente a quantidade de contratos que você consegue operar com seu dinheiro.
Outro aspecto essencial é a qualidade da plataforma de negociação oferecida. Traders que operam minicontratos costumam depender muito de velocidade, estabilidade e recursos gráficos.
Portanto, é importante que a corretora ofereça integração com plataformas como Profit Toro Trader, por exemplo.
Além disso, vale prestar atenção na velocidade de execução das ordens, pois, no Mercado Futuro, alguns segundos podem fazer diferença entre lucro e prejuízo.
A qualidade do atendimento também pesa, especialmente se você for iniciante e precisar de suporte para tirar dúvidas, configurar o sistema ou entender melhor as regras do mercado.
Outro fator importante é o custo total das operações, que inclui não só a corretagem, mas também os emolumentos da B3 e possíveis taxas adicionais cobradas pela corretora.
Por fim, observe se a corretora oferece conteúdos educacionais, simuladores e relatórios, o que pode fazer diferença no seu aprendizado e na evolução como trader.
Optar por uma corretora com boa reputação, transparência e que esteja alinhada com seu perfil de operação vai te ajudar a focar no mais importante: tomar boas decisões no mercado.
Na Toro Investimentos, por exemplo, você tem acesso a plataformas como o Profit Toro Trader e o Profit Pro. Ou seja, você tem autonomia para operar com corretagem zero mesmo com RLP desligado, e velocidade máxima DMA4.
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